Páginas
Posts Populares
-
Se Curitiba fosse um país, estaria hoje ocupando o 69° lugar no Ranking de casos confirmados. Vamos a uma comparação com alguns pa...
-
Em toda a nossa história devemos construir pontes de perdão, em especial para nos perdoar, caso contrário, não conseguimos sobreviver. *** É...
-
Ou vocês dominam suas preocupações ou elas o dominarão. Ou domesticam seus sentimentos de culpa ou elas os tornarão seus servos. Gritem, ten...
Blogger news
Estou Lendo...
Blogs Parceiros
-
-
-
-
SefalHá 10 anos
Tecnologia do Blogger.
Quem sou eu
- Patrícia Scholze
- Curitiba, Paraná, Brazil
- Apaixonada pela língua portuguesa, livros, música e culinária. Queria cursar letras, mas acabei entrando na faculdade de informática, área em que trabalho até hoje.
Seguidores
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Eclético = não gosta de nada, tem vergonha de dizer do que gosta ou é influenciável pelo gosto alheio
Por que?
Primeiro porque praticamente só usam essa palavra com relação a música, não é verdade?
Segundo porque eclético não define nada. Ou melhor, geralmente quem se diz eclético não consegue dizer do que gosta.
No dicionário, umas das definições de eclético é: “Que seleciona; que escolhe de várias fontes.” Mas talvez, na verdade, uma pessoa eclética não gosta muito de nada, e às vezes se deixa levar pelos gostos de outros.
O amigo A me apresenta uma música de terminado estilo e eu gosto, começo a ouvir ela. Depois um amigo B me apresenta outra música de outro estilo totalmente diferente e eu gosto, começo a ouvir também. Mas o que é que você ouve por si só? Sem a influência dos outros? Qual é a banda que você realmente acompanha, o estilo que você não enjoa, a música que você ouve mil vezes?
Quando te perguntam qual sua comida predileta ou o que você gosta de comer, o que você responde? Garanto que essa resposta todos sabem.
E a cor favorita? Tem alguém que não saiba qual sua cor favorita?
E o estilo musical? Pois é, tem gente que por não saber responder... Aí é mais fácil dizer que é eclético. Eclético é outra forma de dizer que não gosta muito de nada...
Você pode sim ter outros gostos, eu gosto de lasanha, mas também como macarrão, isso não quer dizer que minha comida preferida seja macarrão.
Existem também os ecléticos de ocasião. Aqueles que quando estão conversando com alguém gostam do mesmo estilo de música da pessoa. Por que? Pra não se sentir excluído, talvez ridicularizado. Nem todos são assim, mas existe. Imagine uma pessoa que gosta de Sepultura conversando com uma que gosta de Restart... Será que não acontece da pessoa ficar com "vergonha" de dizer do que gosta??? Existe.
Essa é minha opinião pessoal, não quer dizer que eu esteja certa...
Marcadores:
ecléticos,
influenciáveis,
não gosta de nada
|
1 comentários
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Ao contrário do que o título desta crônica possa sugerir, não vou falar sobre aqueles que vivem à margem da sociedade, sem trabalho, sem estudo e sem comida. Quero fazer uma homenagem aos excluídos emocionais, os que vivem sem alguém para dar as mãos no cinema, os que vivem sem alguém para telefonar no final do dia, os que vivem sem alguém com quem enroscar os pés embaixo do cobertor. São igualmente famintos, carentes de um toque no cabelo, de um olhar admirado, de um beijo longo, sem pressa pra acabar.
A maioria deles são solteiros, os sem-namorado. Os que não têm com quem dividir a conta, não têm com quem dividir os problemas, com quem viajar no final de semana. É impossíver ser feliz sozinho? Não, é muito possível, se isso é um desejo genuíno, uma vontade real, uma escolha. Mas se é uma fatalidade ao avesso - o amor esqueceu de acontecer - aí não tem jeito: faz falta um ombro, faz falta um corpo.
E há aqueles que têm amante, marido, esposa, rolo, caso, ficante, namorado, e ainda assim é um excluído. Porque já ultrapassou a fronteira da excitação inicial, entrou pra zona de rebaixamento, onde todos os dias são iguais, todos os abraços, banais, todas as cenas, previsíveis. Não são infelizes e nem se sentem abandonados. Eles possuem um relacionamento constante, alguém para acompanhá-los nas reuniões familiares, alguém para apresentar para o patrão nas festas da empresa. Eles não estão sós, tecnicamente falando. Mas a expulsão do mundo dos apaixonados se deu há muito. Perderam a carteirinha de sócios. Não são mais bem-vindos ao clube.
Como é que se sabe que é um excluído? Vejamos: você passa por um casal que está se beijando na rua - não um beijinho qualquer, mas um beijo indecente como tem que ser, que torna tudo em volta irrelevante - você inclusive. Se lhe bate uma saudade de um tempo que parece ter sido vivido antes de Cristo, se você sente uma fisgada na virilha e tem a impressão que um beijo assim é algo que jamais se repetirá em sua vida, se de certa forma este beijo que você assistiu lhe parece um ato de violência - porque lhe dói - então você está fora de combate, é um excluído.
A boa notícia: você não é um sem trabalho, sem estudo e sem comida - é apenas um sem-paixão. Sua exclusão pode ser temporária, não precisa ser fatal. Menos ponderação, menos acomodação, e olha só você atualizando sua carteirinha. O clube segue de portas abertas.
A maioria deles são solteiros, os sem-namorado. Os que não têm com quem dividir a conta, não têm com quem dividir os problemas, com quem viajar no final de semana. É impossíver ser feliz sozinho? Não, é muito possível, se isso é um desejo genuíno, uma vontade real, uma escolha. Mas se é uma fatalidade ao avesso - o amor esqueceu de acontecer - aí não tem jeito: faz falta um ombro, faz falta um corpo.
E há aqueles que têm amante, marido, esposa, rolo, caso, ficante, namorado, e ainda assim é um excluído. Porque já ultrapassou a fronteira da excitação inicial, entrou pra zona de rebaixamento, onde todos os dias são iguais, todos os abraços, banais, todas as cenas, previsíveis. Não são infelizes e nem se sentem abandonados. Eles possuem um relacionamento constante, alguém para acompanhá-los nas reuniões familiares, alguém para apresentar para o patrão nas festas da empresa. Eles não estão sós, tecnicamente falando. Mas a expulsão do mundo dos apaixonados se deu há muito. Perderam a carteirinha de sócios. Não são mais bem-vindos ao clube.
Como é que se sabe que é um excluído? Vejamos: você passa por um casal que está se beijando na rua - não um beijinho qualquer, mas um beijo indecente como tem que ser, que torna tudo em volta irrelevante - você inclusive. Se lhe bate uma saudade de um tempo que parece ter sido vivido antes de Cristo, se você sente uma fisgada na virilha e tem a impressão que um beijo assim é algo que jamais se repetirá em sua vida, se de certa forma este beijo que você assistiu lhe parece um ato de violência - porque lhe dói - então você está fora de combate, é um excluído.
A boa notícia: você não é um sem trabalho, sem estudo e sem comida - é apenas um sem-paixão. Sua exclusão pode ser temporária, não precisa ser fatal. Menos ponderação, menos acomodação, e olha só você atualizando sua carteirinha. O clube segue de portas abertas.
Marcadores:
exclusão,
lembranças,
os excluídos,
sem amor,
sem paixão,
solteiro
|
0
comentários
Assinar:
Postagens (Atom)